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20/07/2020
10:22
O QUE É IMUNIDADE CRUZADA E COMO PODE PROTEGER CONTRA A COVID-19

Ainda não há um medicamento específico que possa prevenir ou mesmo tratar todos os casos de covid-19, embora avanços científicos tenham sido conquistados nessa área. Por isso, o combate à doença depende exclusivamente do sistema imunológico. Pesquisadores, inclusive, têm discutido a possibilidade de imunidade cruzada contra o novo coronavírus.

O fênomeno acontece quando as ferramentas desenvolvidas pelo sistema de defesa para combater um invasor conhecido anteriormente pelo organismo também serve para agir contra um novo vírus, como é o caso do SARS-COV-2. Isso é possível graças à memória imunológica e à semelhança entre os agentes infecciosos.

Eu tenho uma infecção. Isso gerou uma resposta no sistema imune que ficou guardada e aí, quando entro em contato com um vírus parecido, já tenho o mecanismo para combatê-lo, explica a alergista Ana Karolina Barreto Marinho, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

De acordo com ela, há dois estudos já publicados sobre o tema. Esses artigos mostram que pessoas saudáveis que nunca tiveram contato com o SARS-COV-2 já têm células e anticorpos de memórias por causa da infecção por outros coronavírus. A hipótese é que eles sejam protetores, detalha.

Isso ajudaria a explicar, segundo os pesquisadores, algumas questões: por que algumas pessoas não pegaram o novo coronavírus mesmo tendo contato com quem estava doente e por que outras são assintomáticas ou desenvolvem quadros leves da doença.

Como isso é possível?


Ana Karolina explica que o sistema imune é um conjunto de células e proteínas que vão nos proteger contra qualquer organismo invasor. Ele tem dois mecanismos de combate: a imunidade inata e a adaptativa (também chamada de dquirida).

A imunidade inata é um pouco mais fraca, mas é a nossa primeira, nasce com a gente. Não gera uma resposta duradoura e de memória, serve para qualquer agente infeccioso, descreve.

Leia também: Entenda por que o Brasil está longe de atingir a imunidade de rebanho

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É a imunidade adaptativa que produz uma resposta personalizada para cada corpo estranho que entra em contato com o organismo e é responsável pela memória imunológica.

Há dois tipos de células envolvidas nesse processo: os linfócitos T são capazes de identificar e matar células infectadas pelo novo coronavírus e os linfóitos B, que fabricam anticorpos.

Segundo Ana Karolina, quando há o primeiro contato com o novo coronavírus, as células da imunidade inata vão entrar em ação para tentar barrá-lo e, ao mesmo tempo, mandarão um sinal para que a imunidade adaptativa produza anticorpos e outras células mais eficientes e duradouras para combatê-lo.

Assim, em um segundo contato, as células e anticorpos da imunidade adquirida já vão estar prontas e a resposta [do sistema imunológico] será mais eficaz, completa.

Outro aspecto que possibilita a imunidade cruzada é o fato de o SARS-COV-2 fazer parte de uma família grande de coronavírus. Sete deles já são conhecidos e quatro circulam entre humanos.

Alguns causam infecções respiratórias que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

Existem proteínas semelhantes nos vírus que compõem a família coronavírus e essa semelhança faz com que os anticorpos encaixem em mais de um deles, isso talvez nos dê essa proteção cruzada, pondera a especialista.

Fonte: R7.COM

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